R$ 80,00
Encontro 1: Por que documentar? Ampliação do olhar sobre os disparadores de processos de aprendizagens
Documentação como Abordagem: reflexão sobre modelo mental de escola que rompe com a escola transmissiva. Que modelos de educação acreditamos que sejam alinhados ao tempo que vivemos?
Porque documentar: é comum que demos mais importância aos resultados que aos processos e tenhamos mais expectativas em encontrar respostas do que em formular boas perguntas. Ao longo do curso conectamos bases pedagógicas de educação construtivista e abordagens de design para realizar um caminho onde a formulação de perguntas estratégicas nos conscientiza dos processos. O resultado é apenas a ponta final de um movimento que não se restringe à ele e que, portanto, não pode ser medido somente por ele.
Veja mais informações abaixo…
*É necessário ter cadastro no Gmail.
**O material é disponibilizado em até 10 dias depois da confirmação do pagamento.
Fora de estoque
Alinhamos as expectativas dos participantes através do brainstorm “Por que você está aqui?” – Quais são as perguntas e os desafios que geraram interesse na participação do curso? Mapeamos os temas de interesse, organizados em uma sequência de perguntas: Por onde começar? O que documentar e como? Como utilizar práticas inovadoras? Como fazer escolhas? Como todos podem ter acesso?
Criança na centralidade: se criança aprende em todo lugar, o cotidiano é valioso. A família é presente nesse cotidiano e o organiza com as crianças. Professores podem dar suporte às famílias, começando pela comunicação das intenções. Para alcançar as famílias a escola desenvolve estratégias. Quais são? Quais as diferentes lentes que interferem no processo de aprendizagem da criança e como elas se somam?
Intencionalidade no registro: um grande volume de informações é gerado quando o professor observa a criança em suas investigações, mas antes de sair registrando, há que se clarear a intenção que acompanhará todo o processo. Como definir um tema central para a proposta que gere interesse, oportunidades de aprendizagens, trânsito em múltiplas linguagens, investigações em relação?
Visão sistêmica: apurar a observação e a escuta para perceber as relações entre os fenômenos. Identificar o todo e a conexão entre as partes.
Prática compartilhada: escolha de um fenômeno, produção de registros em diferentes linguagens, escolha de cinco deles. Quais os critérios utilizados para escolher os registros?
Encontro 2: Do registro à documentação pedagógica
Design Thinking: a abordagem de criação de soluções é divergente e convergente. Isso quer dizer que fazemos movimentos constantes de abertura para captar muitas informações e fechamento para filtrar o que é essencial. Sua prática começa com a pesquisa ampla de dados e inferências. Em etapas sequenciais se traça a conexão entre as informações colecionadas, onde ficam evidentes os padrões e quais são as correlações mais fortes. Só então chega o momento de se fazer escolhas.
Documentação pedagógica na prática da escola: A construção da documentação na escola Thema Educando. Quanto de informação se coleciona e como a curadoria dessas informações é feita para gerar comunicação compartilhada com as famílias?
Estudo de casos: referências de diferentes coleções de registros estruturados em mapas mentais. Registros feitos em escolas e no cotidiano de casa.
Processo de investigação: Definição de conceito, escolha de sujeitos (a natureza e seus ciclos como fonte inesgotável de investigação), quais as linguagens e as materialidades adequadas.
O quanto os dados que tenho representam o cenário que quero analisar? Mapeamento e exploração de conceitos elaborados pelas crianças.
Prática compartilhada: a partir dos cinco registros selecionados no primeiro encontro o fenômeno é retomado com a criação de uma pergunta norteadora. Os registros são apurados a partir da pergunta e cada participante produz uma pequena comunicação.
Encontro 3: Produção de conhecimento
Materialização do pensamento: as múltiplas linguagens das crianças e suas teorias provisórias. Quais são os caminhos de construção dos pensamentos das crianças?
Metacognição: O processo não acaba na experiência em si, ele continua. Quais as estratégias para escolher o que comunicar e para que expor o que foi colecionado?
Coleções de registros: protagonismo das crianças no processo. Formas de organizar e expor produções das crianças e registros de suas falas que potencializem desdobramentos do que foi investigado, novos processos de aprendizagens e formulações de novas teorias. Compartilhar com as crianças o que será comunicado, não se apropriar de suas produções.
Formas de pensamento: Plano de referência (ciência), plano de imanência (filosofia), plano de composição (artes).
Produção de conhecimento em relação: Como as investigações se conectam entre temas, entre crianças, entre meios físico-digital. O que é individual, da própria experiência? O que é do grupo e se constrói de forma relacional?
Prática em grupo: mapeamento dos quatro temas investigados pela turma – plantas, céu, cotidiano, parque. A partir da convergência das investigações individuais em temas comuns, o que o grupo aprendeu em relação (uns com os outros)? Quais as ramificações de assuntos que emergem a partir dos temas centrais? Como traçar caminhos que motivem interesses e apoiem a exploração de conceitos.
É professora na escola Themaeducando, formada em pedagogia pela UNICAMP. Cursa a “Especialização em Sociologia da Infância” pela UFSCar e participou recentemente do “Curso Internacional de Aprofundamento em Educação Infantil: O trabalho cotidiano das creches e pré-escolas” (UNICAMP/ Reggio Emilia) pela RedSolare Brasil. Tem experiência na pesquisa da educação infantil.
Designer de processos criativos, trabalha desde 2002 com comunidades artesanais tradicionais do Brasil. É pesquisadora de inovação e futuro.